Adolescência, hormônios e acne

A acne é extremamente comum. Ainda assim, ainda é um assunto que ninguém gosta de falar abertamente. Sim, tenho acne. Sim, isso são espinhas.

http://cheiadevicios.com/2018/08/09/tratamento-da-minha-pele-com-acne-parte-i

Você pode ter se perguntado… mas gente, como que a Thais tá aí dando conselhos sobre cuidados com a pele,. beleza, estética e maquiagem se ela não tem uma pele de bumbum de neném? Se ela tem espinhas, como pode dar dicas úteis?

Por isso, resolvi fazer uma série de posts sobre toda a minha história com a acne. Começando, claro, pelo começo.

Acne, pele oleosa e poros muito dilatados são uma herança de família. Alguns poucos anos depois de eu menstruar pela primeira vez, comecei a ter problemas com espinhas. Começaram com alguns pontos inflamados, muuuuitos cravos e pele mega hiper ultra oleosa.

Eu devia ter uns 12 anos na época. E, na real, eu não tava nem aí pra minha aparência. Eu queria andar de bicicleta, brincar de patins, fazer penteados nas minhas barbies, jogar videogames e jogos de tabuleiros. Até uns 14 anos, essa era minha realidade (e não me arrependo nenhum pouco de ter vivido tanto minha infância).

Então, quando minha mãe apareceu com vários sabonetes e tônicos e cremes pra controlar minha acne, eu não dei atenção e quase sempre esquecia de usar. Foi assim até uns 13 anos, quando minha acne começou a piorar MUITO. Entre meus 14-15 anos, fiz muita limpeza de pele, fui em muitas consultas com dermatologistas, testei uma penca de cremes… mas nada funcionava. Quando eu tava ali chegando nos 16 anos, minha ginecologista conversou comigo sobre eu ter síndrome do ovário policístico.

Ela explicou que essa síndrome era diagnosticada através de exames de sangue, de imagem e de sintomas específicos. Também disse que, com o tratamento, com certeza minhas espinhas iriam melhorar. Então. lá vai eu começar a tomar anticoncepcional. E, olha, foi MILAGROSO.

Com pouquíssimo tempo de tratamento, minha pele era outra. Não tinha manchas, quase não tinha poros aparentes, a oleosidade quase não existia também… e meu cabelo, meu deus, as pessoas elogiavam meu cabelo! Tava tudo indo ás ,mil maravilhas. Até que eu fui parar no hospital. Foi quase um ano de idas á emergência, consultas, exames, médicos de diversas áreas… depois de muito rodar por aí (inclusive consultando médicos de outros estados), diagnosticaram que eu tinha algo chamado Angioedema Idiopático associado ao uso de estrógenos. Tentando simplificar: era como se eu tivesse alergia à estrógeno – o hormônio feminino que tem em quase todos os anticoncepcionais e que deixa a gente tão lindinha, com pele e cabelos perfeitos.

Ou seja, eu não posso tratar minha questão hormonal com o principal remédio que atenua os sintomas (excesso de pelos, acne, dismenorreia, etc etc. Já tomei roacutan (se você sofre com espinhas, há grandes chances de você ter ouvido falar dele, mas isso é assunto pra outro post), fui nos dermatologistas mais caros de São Paulo e a questão é: essa é minha pele. Ela sempre será acneica, sempre terá poros dilatados, sempre terei pelos em excesso no rosto.

Posso ter a pele perfeita sem tratar minha questão hormonal? Não. Mas posso atenuar de diversas formas! Todo o meu “regime” de cuidados com a pele é o que impede das espinhas tomarem 100% conta do meu rosto. Porque o negócio da espinha não é só a aparência: dói! E dói pra caramba! Sem contar que em casos que a inflamação tá exacerbada, pode rolar até de pegar infecções.

 Tudo que eu uso e recomendo aqui são produtos que eu testei por um tempo, não me deram alergia, não pioraram minha acne (no caso de maquiagens) e me ajudaram a manter a pele mais livre de espinhas!

No próximo post sobre minha acne, vou contar sobre meu tratamento com o Roacutan! Fiquem ligados e me acompanhem lá no instagram (@thaischeiadevicios).

xoxo